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ESTATÍSTICAS

A Organização Mundial de Saúde estima que, anualmente, morrem em todo o mundo 1,3 milhões de pessoas em acidentes rodoviários e que entre 20 a 50 milhões ficam com ferimentos e traumatismos em consequência dos mesmos.

São valores que exigem de todos nós um esforço para combater a sinistralidade rodoviária, que já foi considerada um grave problema de saúde pública e que poderá vir a ser, em 2030, a quinta causa de morte em todo o mundo, superando causas como a sida ou a tuberculose, e podendo resultar na morte de 2,4 milhões de pessoas por ano.

Portugal não se encontra à margem desta lamentável realidade e basta recuarmos vinte anos no tempo e reportarmo-nos à realidade do nosso país, para verificar que nessa altura morriam, em média, quatro pessoas por dia no nosso país.

Felizmente – ainda que baste uma morte para nos lamentarmos - temos assistido em Portugal, nos últimos anos, a uma diminuição gradual quer do número de acidentes rodoviários, quer da sua gravidade. Diminuição esta que se tornou bastante mais acentuada a partir de 2003, ano em que foi assinado o Plano Nacional de Prevenção Rodoviária.

A diminuição que se faz sentir no país em geral, também tem o seu retrato na Região Autónoma dos Açores que, nas últimas duas décadas, registou uma média de cerca de 3 500 acidentes/ano.

 

Observando o primeiro gráfico, constata-se que entre os anos 2001 e 2003 verificou-se um aumento do número de acidentes e que a partir desse ano a tendência foi de diminuição, excetuando-se os anos de 2005, 2007 e 2010.

Essa tendência inverte-se entre 2015 e 2019, quando voltámos a registar um aumento gradual e significativo.

No que se refere à mortalidade por acidente rodoviário, o segundo gráfico dá conta do número total de mortes ocorridas, anualmente, nas nove ilhas do arquipélago.

Como se pode verificar pelos valores registados não é possível traçar uma tendência, seja de aumento ou de diminuição, uma vez que as oscilações são quase anuais. De assinalar um aumento da mortalidade nos últimos três anos, tendo sido 2019 um ano trágico para a realidade açoriana.

Comparando os dados referentes ao número de feridos graves e ligeiros, patentes nos dois gráficos seguintes, também se pode concluir que não existe uma tendência estável dado que, de ano para ano, registam-se pequenas oscilações quer de aumento, quer de diminuição, ao longo destas duas décadas que aqui retratamos.

 

  

 

Lembremo-nos que uma maior cultura de segurança resulta de:

- aposta contínua da indústria automóvel na segurança dos veículos

- melhoria das vias de trânsito e sua respetiva sinalização

- sistema legal estruturante e fiscalização efetiva

- campanhas de sensibilização eficientes

- melhor educação rodoviária, promovida quer pela família, quer pelo sistema educativo

- melhor formação inicial e contínua para a condução
 

Mas, acima de tudo, depende muito das atitudes e comportamentos dos utentes que circulam nas vias, pelo que todos nós podemos contribuir para a diminuição destes números.

 

Para conhecer os dados mais atuais consulte as

 Estatísticas Oficiais do Serviço Regional de Estatísticas dos Açores 

(em março de 2023, o último ano disponibilizado no site do SREA continua a ser o de 2020)